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A história da família atrás da Zahil Rio

Como todo imigrante português dos anos 2000, chegamos no Brasil e nos deparamos com um país de superlativos, totalmente diferente do que se encontra nas pacatas terras lusitanas. Chegamos num país onde há mais pobreza, mas também mais riqueza que em Portugal; onde há mais sol, mas também mais chuvas que em Portugal; onde há mais etnias, cores e religiões; onde há mais avanços tecnológicos, mas também mais burocracia que em nossa terra natal; onde as cidades são maiores e mais caóticas, mas o contato com a natureza está sempre mais presente.

Verdade seja dita, o Brasil tem mais vida, representada nos extremos que ela representa, mas os choques são inevitáveis e era preciso muita resiliência para absorver os primeiros anos e não voltar a Portugal com a missão pela metade. No entanto, a resiliência por si só não compensa, é necessário objetivos bem definidos e paixões que façam a vida fora do país de origem valer a pena.No caso da nossa família, na época um casal de jovens adultos (e corajosos) de 30 e poucos anos carregando seus quatro filhos crianças, o objetivo era firmar um projeto que aproxime o brasileiro do vinho e a paixão seria nada mais nada menos do que a própria vida no Rio de Janeiro.

Desmistificando o Vinho no Rio

Há vinte anos, o vinho e o Rio pareciam quase que opostos (que não se atraíam): a cidade sempre foi muito informal, muito praieira, muito quente, enquanto o vinho carregava consigo uma conotação elitista, formal e de inverno no imaginário dos brasileiros. Quando chegamos, o plano de desmistificar o vinho e torná-lo uma bebida mais social, mais boêmia e mais informal não era fácil. Além disso, os descontroles frequentes do câmbio, a complexa e pesada estrutura tributária e o custo logístico no Brasil tornavam a missão muito mais difícil.

Contudo, quando se tem um sonho, o tamanho dos entraves e desafios não importa muito. A paixão e a missão se unem tornando os sonhos mais fluídos e menos distantes. E assim, a Zahil Rio foi fundada em 2001, uma empresa familiar com a ambição de levar o vinho ao maior número de mesas cariocas possível. O trabalho árduo de toda uma equipe unido a uma mudança no cenário brasileiro tornou possível a manutenção e vivência do projeto.

O Rio e o Vinho se apaixonam

Desde então, o poder de compra aumentou e o fluxo de brasileiros a viajarem para fora também. O vinho não só passou a ser mais consumido por se encontrar mais acessível, mas o maior contato com países produtores como PortugalFrançaArgentina, dentre outros, despertou o interesse e o gosto do brasileiro pelo vinho. Quando falamos especificamente da nossa cidade, o Rio e o vinho vêm se apaixonando cada vez mais um pelo outro, e quem ganha com isso é o carioca (e os imigrantes pseudo-cariocas como nós). A última década trouxe as condições ideais para potencializar o que o Vinho e o Rio têm em comum: ambos são complexos e versáteis, adoram situações festivas, são propagadores dos momentos alegres e costumam adotar os públicos mais ecléticos.

 

Afinal, o vinho é a bebida do Rio

Na realidade, quanto mais se pensa nisso, mais encontramos similaridades entre o vinho e a cidade maravilhosa. Por exemplo, existem vinhos extremamente fáceis de beber, como se tomássemos desde sempre, e o mesmo acontece com a facilidade que o carioca faz amizade, em apenas um dia somos todos amigos de infância. Também existem vinhos difíceis, assim como a “marra” dos cariocas, mas este é um atributo comum entre ambos que apenas serve para valorizar a sua companhia. Falando em companhia, o Vinho acompanha qualquer evento social, tanto aquela noite de quarta-feira pós-trabalho com seus amigos, como aquela festa luxuosa que acontece uma vez a cada ano, e sinceramente, não conseguimos imaginar uma cidade mais social e noturna que o Rio. O vinho é versátil, possui a maior variedade de notas aromáticas que uma bebida pode oferecer, com olfato e sabor para todos os gostos, já o Rio.. bem, o Rio é ao mesmo tempo o berço do funk e da bossa nova e isso por si só já define o quanto a cidade é eclética. O Rio é fonte de inspiração dos mais renomados artistas e intelectuais, enquanto o Vinho é a companhia ideal para desfrutar de suas artes e produções culturais. Por fim, o vinho pode apresentar as mais variadas cores e o Rio parece que foi feito e desenhado para absorver todas elas. No fundo, o vinho e o Rio sempre combinaram, mas só veio a se descobrir isso nos últimos anos.

Estamos apenas no começo da história do vinho no Rio 

É com muita alegria que um trabalho desenvolvido há 20 anos possa estar dando tantos frutos atualmente, as maiores paixões da nossa família finalmente conversam e se entendem. Amamos o Rio pelo que nos oferece e amamos o vinho por ser um meio para compartilharmos os nossos momentos nesta cidade. Carregamos na história da nossa empresa (e família) diversas parcerias e eventos que nos fazem sentir cada vez mais acolhidos nesta cidade. Desde os míticos eventos Zahil Saber Viver com nossos amigos Claude TroisgrosDaniel BouludRoberta Sudbrack e Thomas Troisgros, até nossas parcerias diárias com os principais restaurantes da cena gastronômica carioca, sempre levamos conosco as memórias e amizades feitas pela nossa caminhada.

Zahil Saber Viver - Antonio e chefs
António Campos, Owner da Zahil Rio, com os chefs Thomas Troisgros, Roberta Sudbrack, Daniel Boulud e Claude Troisgros

Nosso objetivo é e sempre será aproximar ainda mais a afinidade entre o vinho e o carioca, oferecendo o maior número de rótulos, países, uvas e sugestões para todo o tipo de público.É como se quiséssemos que os nossos dois melhores amigos que não se conheciam até pouco tempo se casassem. A missão parece difícil, mas após algumas taças de vinho, tudo parece fazer sentido e se encaixar perfeitamente.  

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Texto por Diogo Campos, Diretor e 2ª geração da Zahil Rio

 

 

Diogo Campos, Diretor e 2ª geração da Zahil Rio